Nos anos de 1960, Itiruçu viveu sua glória futebolística.
Não haviam aparelhos de televisão. Isto é, havia um ou dois. Carlito Magalhães trouxe o primeiro e colocou-o, democraticamente, na sua pastelaria onde hoje funciona a Panificadora Rick, para que toda a população tivesse acesso à mais maravilhosa de todas as tecnologias já vista e vivida por aqui. Havia apenas a TV Itapoan que tinha o seu sinal bastante “chuviscado”, que chegava direto da capital do estado sem as torres de retransmissão.
Por falta de opções de lazer o futebol catalisava a atenção de todos os habitantes. Nos domingos, à tarde, davam-se as pelejas entres os gigantes.Os principais times da época eram o Cruzeiro, o Estudante e o Bahia.
O Cruzeiro, uma criação do legendário Asterino, um sapateiro que amava o futebol e foi o clube mais popular e mais querido da população.
O campo, denominado “Estádio José Inácio Pinto”, localizado onde hoje está o Ginásio de Esportes Jutahy Magalhães, era apenas uma área cercada de arame farpado e era invadido nos dias dos grandes clássicos: Estudante x Cruzeiro e Bahia x Cruzeiro.
A Seleção Brasileira de Futebol havia conquistado as Copas de 1958, na Suécia e 1962, no Chile. Isto foi outro motivo para os itiruçuenses se apaixonarem mais pelo nobre esporte bretão. Pelé e Garrinha eram os heróis brasileiros.
As fotos abaixo registram um domingo no Estádio José Inácio Pinto. Jogadores e torcida juntos, posam para a Kodak do inesquecível fotógrafo Paulo Borges.
Ah! depois dos jogos, à noite sempre tinha um ´Chá Dançante' no Clube (SLRI), com som mecâncio da radiola tocando discos de Roberto Carlos, Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps e outros. Era tempo da Jovem Guarda. O iê-iê-iê era o rock-and-roll brasileiro. Mas isto é outra história, que contaremos depois se vocês madarem fotos daquelas festas.
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